segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Espanha e Catalunha

História da Espanha



A Península Ibérica, até cerca de 200 a.C., era ocupada basicamente pelos povos íberos e celtas, segundo dados históricos dos gregos, que chegaram a habitar a atual área da Catalunha.

No século III a.C., o povo de Cartago, antiga cidade do norte da África, em disputa com Roma pelo controle do Mar Mediterrâneo, invadiu a península e fundou a cidade de Cartagena. A rivalidade entre cartagineses e romanos culminou nas três Guerras Púnicas, nas quais Roma impôs o seu poder e dominou o território. Tem-se então o início da ocupação romana, época em que surgiu o termo Hispania para designar a então Península Ibérica.
A incorporação da língua, dos costumes e da economia romana se estendeu até meados do século III da era cristã, quando o Império Romano começou a ruir. Finalmente, em 476, com a invasão dos povos bárbaros, o império ocidental caiu.

Os Visigodos mantiveram o domínio sobre os outros povos bárbaros e expulsaram-nos da Hispania. Mantiveram as instituições e leis romanas, instituindo o Catolicismo como religião oficial.

Em 711, tropas muçulmanas atravessaram o Estreito de Gibraltar e estenderam suas conquistas pela Península Ibérica. Os mouros, ou mouriscos, como eram chamados, mantiveram seu domínio por muito tempo, e deixaram marcas profundas na arquitetura e nas artes da Espanha.
O Islamismo em 750d.C.

A resistência cristã travou muitas batalhas contra os mouros, e a reconquista foi finalizada em 1492, com a unificação da monarquia espanhola com o casamento dos reis Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão.






Catalunha e Barcelona


Nos séculos XVI e XVII, a Catalunha viveu um período de decadência. Os catalães envolveram-se num conflito, a Guerra dos Segadores, de 1640 até 1652, contra o domínio hispânico do rei Felipe IV, e posteriormente, na Guerra de Sucessão Espanhola, que terminou com a abolição das leis institucionais próprias da Catalunha.
Até o fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação econômica que lhe favoreceu a industrialização progressiva do século seguinte. A segunda metade do século XIX coincidiu com o projeto de derrube das muralhas antigas que envolviam a cidade e outras cidades próximas são incorporadas à Barcelona. Isso permitiu que a cidade executasse o Plano de Expansão (Ensanche) e o projeto de desenvolvimento da indústria, feito que lhe permitiu entrar no século XX como um dos centros urbanos mais avançados de Espanha.
Além disso, surgiu no século XIX o movimento Renaixença, que defendia a autonomia catalã, inclusive o reconhecimento de sua língua própria, o catalão.

No século XX, a Espanha viveu sob a ditadura de Francisco Franco de 1939 até 1975, ano de sua morte. Passou então por um processo de redemocratização e ganhou uma nova constituição, a qual dividiu o país em 17 comunidades autônomas com base nas nacionalidades que cada região possuía. Assim, a Catalunha foi finalmente reconhecida como nação autônoma, respeitando suas particularidades culturais.

mapas das comunidades autônomas da Espanha

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